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O socioconstrutivismo, como o nome aponta, destaca a importância das interações sociais e do papel do contexto histórico e cultural na construção do conhecimento.
A filosofia da Bom Tempo é fundamentada na união de dois saberes: a Pedagogia e a Psicologia. Nossa prática é orientada não apenas por uma proposta pedagógica consistente, mas também por elaborações psicanalíticas sobre as relações primordiais do bebê e da criança.
O projeto psicopedagógico da Bom Tempo foi elaborado a partir da articulação das ideias do socioconstrutivismo — que tem como um dos principais teóricos Lev Vygotsky — com as criações psicanalíticas sobre a primeira infância de Donald Winnicott.
O socioconstrutivismo, como o nome aponta, destaca a importância das interações sociais e do papel do contexto histórico e cultural na construção do conhecimento. Também na perspectiva psicanalítica, Winnicott destaca a importância do meio, nesse caso como um ambiente facilitador para a aquisição dos processos psíquicos essenciais à criança. Um ambiente bom se transforma em experiências positivas e possibilita o desenvolvimento do sentimento de confiança da criança com relação ao mundo e às pessoas que a cercam.
O brincar, na filosofia socioconstrutivista, é contemplado como atividade fundamental, uma vez que representa um espaço privilegiado de interação infantil e de constituição do sujeito-criança como sujeito humano, produto e produtor de história e de cultura. Para Winnicott, o brincar se dá num espaço potencial, uma área de experimentação que é, paradoxalmente, interna e externa, uma zona intermediária de simbolização. O brincar é uma experiência criativa de ilusão e desilusão, que possibilita a elaboração de conflitos psíquicos e que tem sua importância no simples prazer que ela proporciona, sendo uma forma de comunicação da criança não só com os outros, mas também consigo mesma.
O papel central da criança é um dos eixos norteadores do processo de aprendizagem socioconstrutivista. A criança possui uma atuação ativa para aprender, explorar, ampliar a percepção do mundo e de si mesma, organizar seu pensamento e vivenciar emoções. Winnicott também identificou no bebê um ser ativo, alguém que já tem inúmeras sensações, formas de pensamento altamente especializadas, descargas de energia particulares, um ser que interage, sente, mesmo que em pleno processo de maturação.
Reconhecemos a concepção de criança ativa, curiosa, questionadora, com desejos, imaginação e fantasias próprias, que precisa se envolver em processos de significação, tomando novos conhecimentos e diferentes modos de aprender como parte da sua própria experiência.
OBJETIVOS
- Desenvolver as múltiplas habilidades psíquicas, físicas e cognitivas dos bebês e das crianças e suas diversas linguagens: afetiva, psicomotora, cognitiva, linguística, ética, estética e sociocultural, visando à formação pessoal e social.
- Favorecer a construção de valores éticos, bem como a autonomia, a solidariedade, a responsabilidade com o outro e o ambiente, o respeito à diversidade, os aspectos estéticos — como a sensibilidade, a criatividade e a ludicidade das múltiplas linguagens — e, finalmente, os aspectos políticos, direitos e deveres no exercício da cidadania e formação do pensamento crítico (conforme Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil / Resolução nº5, de 17 de dezembro de 2009).
- Estabelecer um diálogo aberto e contínuo com a família sobre o desenvolvimento e a aprendizagem de cada bebê e criança para compartilhar o que eles fazem e aprendem.
- Reconhecer as novas visões de mundo, de sociedade e valores reconstruídos e ressignificados como elementos mediadores do desenvolvimento infantil, respeitando as diferentes formas de expressão de cada criança, bem como o atendimento de suas necessidades específicas.
- Considerar a criança sujeito histórico, marcado, portanto, pelas contradições da sociedade contemporânea com suas rápidas transformações.